Ainda hoje comentaram comigo que não sabiam do que se tratava o Netflix. Faz algum tempo que eu quero escrever sobre o assunto então achei a ocasião que precisava. Se você já conhece, fique livre para pular o próximo parágrafo, onde explico do que se refere. Nos seguintes, faço algumas considerações pessoais.
Resumi assim "Netflix é como se fosse um Youtube, pago, com filmes e seriados". Grosso modo, sim, mas vai além. É a chamada tecnologia on demand, que a meu ver é a porta de entrada para o futuro. Você vê o que quer, na hora que puder, sem ser refém de uma grade de canais, de ter que esperar até a próxima semana para o episódio seguinte, e nem tem propagandas que tocam Happy - Pharrell Williams.mp3. O seu único algoz é a delimitação de catálogo e de internet banda larga. O catálogo brasileiro é bem menor que o americano, mas ainda assim conta com títulos na casa dos milhares só atrás de EUA e Canadá. Todo dia entram títulos novos bem como saem títulos, essa rotatividade faz parte da natureza - sou do tempo que tinha South Park-. Para saber o que entra e o que sai existem aplicativos e sites feitos por pessoas sem ligação com o Netflix e que ajudam muito a saber das novidades. Apesar de haver uma mensalidade - que não passa de 20 reais para ver em até duas telas ao mesmo tempo-, ela nem chega perto de um pagamento de tv a cabo onde apenas poucos canais ou programas interessam em meio a uma vasta opção desinteressante.
Mais do que ser uma alternativa de televisão aberta, a cabo e cinema, acredito que o futuro seja a televisão on demand (que ainda não existe no brasil, o que existe é essa videolocadora à parte e algo parecido no Net Now). Quando vejo televisão eu sinto como se me tirassem para otário às vezes. Sem contar os programas sensacionalistas que realmente têm esse propósito de criar expectativa apenas com o intuito de segurar audiência. Assim como no cinema, que de uns anos pra cá têm até propaganda antes dos trailers. Eu já pago o ingresso, não quero ver propaganda. Eu pago tv a cabo, não quero ver propaganda (sem contar a falta de opções entre dublagens e legendas em ambos cinema e televisão a cabo que têm se tornado um problema constante). Dizem que os comerciais são uma "vitrine de serviços que vai de encontro ao consumidor/telespectador". Eu discordo, se eu quiser um serviço eu vou atrás, a maioria serve para oferecer produtos que eu não preciso. Admiro o trabalho publicitário quando bem feito (o que não acontece em propagandas de cervejas nacionais), mas tem vezes que é muito comercial pra pouca programação.
Eu sou um entusiasta de Netflix desde que adquiri o meu Wii em 2012 e havia a opção do aplicativo com o primeiro mês grátis. Fui fisgado desde então. Eu que não tenho paciência de entrar nesses blogues suspeitos para baixar seriados onde você tem 7 opções de botão para iniciar o download e somente um é verdadeiro e os outros são propaganda caça-clique, encontrei uma solução. Acho uma boa opção, a bom preço e com variedade, inclusive produções próprias. Estão até brigando para terem estreias ao mesmo tempo nos cinemas e no Netflix. Embora a imersão no filme não seja a mesma em casa do que no cinema, pelo menos em casa você pode pausar e ir ao banheiro depois de 1h30 de filme. São pontos a serem observados e medidos. Não desmereço o cinema, ainda acho que tem uma experiência singular, apenas digo que na maioria das vezes não vale a pena. Até porque eles estão cada vez mais vazios, dá uma tristeza. Estão mais caros ao mesmo tempo que investem em tecnologia. O cinema 3D por algum tempo foi o bote salva-vidas porque apenas nos cinemas existia a opção e hoje já existem televisões que reproduzem o efeito. Nunca gostei de 3d então pra mim tanto faz.
Todas as opções são válidas, vai do gosto e da possibilidade de cada um. Mas gosto de acreditar que quando eu quiser entretenimento, eu terei do jeito que eu quiser, essa autonomia nenhuma televisão ou cinema - únicos meios até então de se assistir - me tira mais.
-G-
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